E nada tem sido
Eu tenho me olhado
E não me tenho lido
Falta de espelho
Que a mãe suplante
O olhar é interno
É o viés constante
Na noite gelada
O silêncio lume
Respiro de letras
Grãos soltos no estrume
Verbo que aqui fica
Só em desabafo
Somente no humos
Semente no bafo
Ante a lida chame
Ao meu julgamento
Chama que se inflame
Voe e acalme o dentro
Aves acordando
Vêm descortinar
No teatro um homem
Negro de abadá
Quem eu sou na fila
De comprar o pão?
Um silêncio zune
Abelha, zangão...
O ferrão da mente
Tapioca aberta
Coco que ressente
Quengo que aperta
Chá preto na xícara
E a cultura persa
Do Xá no seixo
Da Deusa Anahita
Nenhum comentário:
Postar um comentário