segunda-feira, 21 de setembro de 2009

guiné meditando

enfeitada por caracóis.



Era um Lugar vermelho
e um canto calado
Uma ave infinita
uma janela tambem...
Uma porta, uma horta
Uma passagem
Além
do mais
já passou muito nenem
A história fetichizzou esse lugar bonito que mira a terra
constrito, quis manter de mentira

e tudo desse universo virou subsolo

Mas, apesar de toda cela
há em toda gente
uma jovem Alice,
que dorme e sonha
densa

'medonha'!
uma criança que tem um gato...
gato que tem no olho a síntese da lua.

e nenhuma
quando a biologia vem em abrupto
sábia de si
ensinando a ser

foge da semente...
maçã, serpente... De todo o conteúdo.

e de escudo, ela é que vem a cavalo
Sem precisar de príncipe encantado,
cantando galo
e fastando os espinhos.



(Recife, set, 2009- A. Mahin)

Minha querida Jocasta.




O complexo das Guinés da História.


Estava cega e perdida depois da terrível paixão incestuosa que afetara em definitivo sua eterna existência.

A questão era uma só: como superaria o Édipo inevitável em seu triste fado dual?!

Ela, que em descuido, chegou apenas com uma das sandálias no calçar, não podia fugir dos olhares repulsivos da população.

A profecia era aquela e fim, Freud disse tudo...
Estava lá... Desde o saco, desde o gozo, desde a concepção.

O medo so adiou o reencontro.
O crime varou o tempo, cheio de castigo...

E, o que podia muito bem ser amor pleno, veio em desejo e culpa.


(...)


(Aszim...*8 Revista Lunduz- Setembro de 2oo9)