sexta-feira, 12 de março de 2010




que posso dizer da infração?
nada tenho.

meu esbugalhado olho tenta refigurar a resposta
ao teu mundo que me empeixa na borda.

eu entendo rápido à maneira maneira que tenho que ter.

eu revivo outro jeito e sigo na rua do sossego.

algo me diz que devo entrar no iraque que há no caminho do meio,
mas não é bem o meio,
ele pende,
e é bom pender
e desfazer as atrocidades do que tem vida própria.

a chegada é sempre a prata,
a casa é sempre o caso,
e essa é a coisa da carta marcada
das coisas que ainda são caminhão no encantamento.

entendo vocês,
e os detesto por instante pouco.

e´louco

mas são uma coisa tão ventre labareda que não há jeito de não ter encanto e terno.

parou e fim,
tudo na transmunhão do milagre cotidiano da fluência.

heheh

eu fico boiando às vezes
com essas coisas que ignoro
no tesão da atenção.

mas a flor vem no fumo.

e como...
e descomo

e intento o senso.

todo o luxo e toda a riqueza estão por dentro
na pulsão de fogo que existe na palha
...
luxo e riqueza estão na palha que se eleve.
da Selva,
do quebra mar gigante.

terça-feira, 9 de março de 2010

raça

http://www.youtube.com/watch?v=VyGGQ1ahsI8

parto de pájaro em plano americano


terceiro olho expandido, nave de extensão. entre os grandes lábios cósmicos com o cheiro a altura dos ombros. guiné inaugurada sobre as escamas dos répteis mutantes. tons de terra e luzidios. pelos ovos visíveis do corpo, alma atômica do condensado. pássara mista das entranhas pretíssimas. encaracolada do ministério transformante.

é ela a grande deusa.

segunda-feira, 8 de março de 2010

azeitona roxa

o oeste salta fumado pela mulher indigena que nos olha de baixo, a femea terra. presente velho no urucum. as mulheres falam de seus sangues, de seus processos acesos de dor, e assim transam a matéria com seus vinhos uterinos. os olhos de lince nas terras negras da noite, nas tendas vermelhas e negras, os olhos coagulados de caça. queremos ensinar os cães, amamenta-los, comungar uivos. queremos despertar nossa consciencia sensitiva de égua, nossa natureza de água. queremos compreender a paúra cavalo, ser a cor cobre de crina pubiana.