Será que você
Já viu um dia a sua imagem
Correndo livre muito longe (repete)
Será que morte ou só passagem
Será que sonho, ou só miragem
Será que você, correndo livre, muito longe
É desvario, alma que foge
Silêncio, rio, horizonte
Calor e frio, ou luz de norte
Será que vou ser
Força de esgarçante de Jaguar
Onça parente secular
Avó serpente estelar
Será que você
Corrente ou rio, trás dos montes
Meditações, fluxos, fontes
Renascimentos retumbantes
Será que voz ser
É Deuses Deusa universal
Estranha soma social
É coma, Roma, vírus, mal
Ou só o Sol seguindo e tal
Será que não ter
Já quer dizer algo melhor
É não ter medo, e não ser ser só
Um arremedo do amor
Será que vou ter
Que aprender a ser mais um
Parte de um todo, de um jejum
Um monge esquivo, um tao, um bum
Um blues, um negro, um buraco
Divina, ou china, um sobressalto
Morcego, rato, um substrato
Cabe num prato
Passe a colher
Limpe com álcool
Seja mulher
Será que você... (refrão)
segunda-feira, 4 de maio de 2020
nave-carroça
Vai o meu carro sem rodas
Um anjo torto, um querubim
Pelo dia amarelo
Na luz suspensa de um jardim
Uma rosa em giro
Um passarinho, um cantador
Sábio violeiro
Tocando as dores do amor
Vai o meu carro de vento
Na amplidão, sem ancorar
Um navio flutuante
Reinventando o alto mar
Sem prumo, sem leme
Roda gigante seu timão
Barco flutuante
O almirante o coração
Vai tapete encantado
Na retidão do horizonte
Flerta mil e uma noites
Mais uma história neste instante
Tem uma cidade
Um reino, um sitio, um castelo
Uma fortaleza,
Uma esperança, um paralelo
Vai carroça dissonante
Cavalo baio, pangaré
Um camelo, um elefante
Um bedoíno, andando à pé
Vai carro volante
Feito as folhas no cordel
Verso inconstante
Poesia solta sem papel
Vai a nave bicicleta
Monta na lua e leva alguem
Vem de longe como seta
Traz boa nova e neném
Grave e redonda
Som de uma outra estação
Pousa, aporta, planta
Um pensamento, um avião
Vai a casa num tornado
Tormento, bardo, um baião
Dança pelo céu nublado
Espera tempo, vôo balão
Sonha colorido
Caminho todo é esse aqui
Vai fica comigo
O que revoa não tem fim
Pelo céu afora vai...
Um anjo torto, um querubim
Pelo dia amarelo
Na luz suspensa de um jardim
Uma rosa em giro
Um passarinho, um cantador
Sábio violeiro
Tocando as dores do amor
Vai o meu carro de vento
Na amplidão, sem ancorar
Um navio flutuante
Reinventando o alto mar
Sem prumo, sem leme
Roda gigante seu timão
Barco flutuante
O almirante o coração
Vai tapete encantado
Na retidão do horizonte
Flerta mil e uma noites
Mais uma história neste instante
Tem uma cidade
Um reino, um sitio, um castelo
Uma fortaleza,
Uma esperança, um paralelo
Vai carroça dissonante
Cavalo baio, pangaré
Um camelo, um elefante
Um bedoíno, andando à pé
Vai carro volante
Feito as folhas no cordel
Verso inconstante
Poesia solta sem papel
Vai a nave bicicleta
Monta na lua e leva alguem
Vem de longe como seta
Traz boa nova e neném
Grave e redonda
Som de uma outra estação
Pousa, aporta, planta
Um pensamento, um avião
Vai a casa num tornado
Tormento, bardo, um baião
Dança pelo céu nublado
Espera tempo, vôo balão
Sonha colorido
Caminho todo é esse aqui
Vai fica comigo
O que revoa não tem fim
Pelo céu afora vai...
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