domingo, 12 de dezembro de 2021

ancestrais de escamas?

Serpenteando um eu profundo
As ancestrais gigantes me encontram
Renascer-me em cada fênix
Soltando os molambos
Muambas magicas pra enganar a morte
A tristeza do esquecimento

Mente que vagueia parece chegar

Os pés quase descalsos
De quem vibra em circundar abismos
Algo vivaz
Uma vontade de queimar
De ser cavalo livre

Onde, misteriosamente, as pedras
resgardam um cão sem plumas
Animal tão misto
Quase sagrado
Na pureza e sorte dos loucos, do encantados
Na experiência dos que comeram pedras
Pra ajudar a digerir os olhos
enviesados da civilização

Deus hoje proteje os que sonham?
Exu tamborila aboios
No latão do meio fio
Virando fumaça
Nas encruzilhadas

Ei os de amor

Algo de bonito
nesse passarinho dinossauro
Acheopterix da matriz
Os simulacros rasos, raros
"Da simultaneidade de mundos"
Com diria mãe Aparecida de Oxum