quinta-feira, 21 de agosto de 2014

parto e filha

parte de porte
forte parte que une
partida
partilhada
compartida
barriga compartimento
sentir que religa
briga, consentimento
ressentimento e instiga
que compartilha
pequena ilha


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

escorpião

Oh, quantas flores de Aldebarã queres no jardim
Quantas touras, morenas, louras, queres ferrar

Língua enrolada essa da poética enrroladinha
querendo rolar querendo rolar

Avoa avoa, passarinho
 acha teu ninho no Amapá

Atoa atoa, coitadinho
buscando coito noutro lugar

Mil e uma as estrelas de Aldebarã luzindo
nos teus olhos perdidos
de ilusão constante

Mil e uma noites desperdiçadas 
de fundida espada
Solidão cortante

Começou uma guerra fria
Guerra do fogo acabou

Gerando a luz de Luzia
Não devo tempo nem nó

Fadas queres segurar cintura
arrancar as asas na tortura

Abelhudo, zangão, afim de militar
em todo batalhão,

Em todo angar, afim de pousar

Não te culpo, lobo lupo
mamífero secular

a fim de mamar
a suma volúpia
noiva nova nupcia
de descaminhar

Vento volátil uivante
afim de amante
de cunho galante
de galo cantar

Mira tanta estrela, o escorpião
de constelação

Estuda tanta rota, que já não lhe enxota
o jovem ferrão

A fim de ferrar, a fim de ferrar