quinta-feira, 22 de outubro de 2009

um mar de linguados trêmulos.

(aos 'nazistas' e 'narcisistas').


É comum que nós nos apaixonemos por nossos professores, pois, pelo ofício, já são aqueles que devem nos deixar imaginativos, quando assim o são - de verdade - é comum que nos apaixonemos.

Posso fazer uma retrospectiva e encontrar o começo,
mas Freud já disse:
“OS PAIS”! “O ÉDIPO”!

E Lacan já reexplicou:
“UM MAR”...

É a nossa imersão no mundo oceânico da linguagem.


Ainda, quanto às paixões, é comum nas sociedades um tal de ‘proíbibo-e-tabu’ que em muito conflita os nossos quereres.

Lídia, uma amiga minha, sonhou um dia desses que Freud era o pai dela... e aí ela encontrava ele, e começavam e se comer... as pessoas olhavam reprovando..., no começo ela se incomodava, mais depois ela transcendia... mandava todo mundo se fuder também.

Assim, é comum que vez ou outra, nós nos apaixonemos por pessoas que supostamente se distanciariam do padrão dos disponíveis e ou dos belos.

Portanto, é comum que nos apaixonemos: por pessoas comprometidas, por pessoas com filhos, por estrangeiros, por padres, por passarinhos, por bandidos, por sorrisos diferentes, por bocas sem lábios, por jovens velhotes, por moçoilas velhas, por densos silêncios, por sobrancelas coladas, por grandes narizes, por diadorins. Dependendo, no entanto, da configuração padronizadora da cultura de cada um em questão (é claro). Nesse sentido, faz-se necessário, para uma psicanálise-sócio-individual, que reflitamos a respeito desses possíveis esquemas de invento.

Ex:

O jovem Narciso peca ao entender a impossibilidade de amor entre ele e o jovem do lago - sendo, “o jovem do lago” = sua própria imagem em reflexão.
Nesse tipo de projeção Narciso deprecía sua existência ampla em detrimento de um fetiche extremo. E se entristece no desentendimento da possibilidade de experiênciação desse amor.


Guiné da Selva,
Recife, outubro de 2009.


Pensando que é comum que a gente queira brincar sério comos espelhos acabei de acha isso no dicionário internético (é o título de um livro que eu não li):

Alice no espelho
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Nota: Se procura o livro de
Lewis Carroll, consulte Through the Looking Glass.
Alice no Espelho é um
livro brasileiro de 2005 escrito por Laura Bergallo.
Foi premiado com o
Prêmio Jabuti de livro juvenil e selecionado para a 44ª Feira do Livro Infanto-Juvenil de Bolonha, na Itália.
[
editar] Resumo
Alice é uma adolescente cujo pai foi embora de casa quando ela ainda era pequena. Boas lembranças ficaram, entretanto. Como a leitura das obras de Lewis Carroll,
Alice no País das Maravilhas e Alice através do espelho, que o pai lia pra ela todas as noites antes de dormir.
Agora, aos 15 anos, sem entender a ausência do pai e obcecada por aparência e magreza, Alice acaba por contrair
anorexia e bulimia, chegando ao ponto de ser internada inconsciente.
Durante seu
coma, ela visita um mundo estranho, onde todas as pessoas são iguais e abrem mão de sua individualidade em nome de uma aparência padronizada, ditada pela sociedade. Aos 16 anos, todos passam pela "transformação", processo médico-cirúrgico supostamente voluntário que os torna cópias dos modelos considerados ideais de beleza.
Mas nesse mundo ela também se torna amiga de Ecila, garota gorda porém com opiniões firmes que, por influência de seu pai considerado louco, recusa se submeter à tão desejada "transformação". Para tentar ajudar a amiga, Alice acaba compreendendo que ela própria precisa procurar ajuda para se curar, embora reconheça que o processo é doloroso e difícil.