quinta-feira, 5 de junho de 2025

sedna

Mergulhei no chão e meu dedo saltou
Feito um peixe salta 
Liso das mãos 

Era sedna

Ela estava alih
Naquele pequeno barco
Naquele risco No gelo
No desenho do céu

Nas mãos
 e no espelho frio 
das àguas doloridas 

Sedna

Sereia pássara
Planeta vermelho sangue
Magma
Transnetuniana 

Me chegava, como tivesse evocado
Irresponsavelmente
intuitivamente
Inuitivamente
Como um sto mágico 
sacrifícial

Os olhos puxados de Sedna
Crus, de passaro
Me espreitando no gelo
Enquanto curo
Dedos
medos
Enquanto me curvo
Aos corvos
E me vejo
Querendo achar a forma
A coordenada
De servir a Sedna
Na cura do mundo
Atravessando as águas
Levando suprimento
Aos famintos


3 camelos

Sonhei com três pequenos camelos em uma caixa
Uma caixa em uma estante
De madeira

Os camelôs pareciam mágicos
De sonho
De criar vida ser ter

Um dos camelos saltava pequeno no centro
 da sala
E seguia dançando e crescendo
Feito um bedoino pra lua

O segundo camelo crescia ao ponto
 que saia da caixa
E já se punha à janela 
numa fuga de arco-íris 

Terceiro não me lembro
Mas prosseguia na caixa
Talvez por sono ou depressão
Talvez por falta de tempo pro sonho
Desenrolar