sábado, 21 de novembro de 2009

coisa viva.


Ave! O sentimento.


Tu tens tuas razões, eu tenho as minhas
Sei que o sol, nasce sempre, a lua, igual
Cada dia, o sol mesmo, um raio novo
Cada breu, mesma lua, nunca a tal.

Supuseste um modelo perdurante
– Que não migre, não mude, nem sucumba.
Não entendes que a vida é uma sorte,
Que a gente interfere, mas não funda!?!...

Branca hora, e o branco encantamento,
Que cantava em nós dois, se redefine
– Transformou-se, mutante, o sentimento.

No entanto, compreendo, sem tormento.
Se rejeitas, amor, que a dor te ensine!
Cedo encontras na vida um outro invento.


Anaíra Valadares.
Recife, outubro de 2009

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