domingo, 23 de novembro de 2014
sexta-feira, 26 de setembro de 2014
sereia ouriço
então saio daqui
agradecida e com as malas buenas
llena de leche dulce
socorrida do real amargo
saio na hora de rever as avenidas
com um coração nos braços
no peito, pulsar de fungados
colo um ser, inteiriço
sereia ouriço
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
parto e filha
parte de porte
forte parte que une
partida
partilhada
compartida
barriga compartimento
sentir que religa
briga, consentimento
ressentimento e instiga
que compartilha
pequena ilha
forte parte que une
partida
partilhada
compartida
barriga compartimento
sentir que religa
briga, consentimento
ressentimento e instiga
que compartilha
pequena ilha
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
escorpião
Oh, quantas flores de Aldebarã queres no jardim
Quantas touras, morenas, louras, queres ferrar
Língua enrolada essa da poética enrroladinha
querendo rolar querendo rolar
Avoa avoa, passarinho
acha teu ninho no Amapá
Atoa atoa, coitadinho
buscando coito noutro lugar
Mil e uma as estrelas de Aldebarã luzindo
nos teus olhos perdidos
de ilusão constante
Mil e uma noites desperdiçadas
de fundida espada
Solidão cortante
Começou uma guerra fria
Guerra do fogo acabou
Gerando a luz de Luzia
Não devo tempo nem nó
Fadas queres segurar cintura
arrancar as asas na tortura
Abelhudo, zangão, afim de militar
em todo batalhão,
Em todo angar, afim de pousar
Não te culpo, lobo lupo
mamífero secular
a fim de mamar
a suma volúpia
noiva nova nupcia
de descaminhar
Vento volátil uivante
afim de amante
de cunho galante
de galo cantar
Mira tanta estrela, o escorpião
de constelação
Estuda tanta rota, que já não lhe enxota
o jovem ferrão
A fim de ferrar, a fim de ferrar
Quantas touras, morenas, louras, queres ferrar
Língua enrolada essa da poética enrroladinha
querendo rolar querendo rolar
Avoa avoa, passarinho
acha teu ninho no Amapá
Atoa atoa, coitadinho
buscando coito noutro lugar
Mil e uma as estrelas de Aldebarã luzindo
nos teus olhos perdidos
de ilusão constante
Mil e uma noites desperdiçadas
de fundida espada
Solidão cortante
Começou uma guerra fria
Guerra do fogo acabou
Gerando a luz de Luzia
Não devo tempo nem nó
Fadas queres segurar cintura
arrancar as asas na tortura
Abelhudo, zangão, afim de militar
em todo batalhão,
Em todo angar, afim de pousar
Não te culpo, lobo lupo
mamífero secular
a fim de mamar
a suma volúpia
noiva nova nupcia
de descaminhar
Vento volátil uivante
afim de amante
de cunho galante
de galo cantar
Mira tanta estrela, o escorpião
de constelação
Estuda tanta rota, que já não lhe enxota
o jovem ferrão
A fim de ferrar, a fim de ferrar
terça-feira, 29 de julho de 2014
revolta das fadas
Ciúme e raiva de todas essas falas escritas, mágoa
Das aberrações descritas, monstros de dígitos
A transa, a tara, a panela de pressão
Toda essa literatura interna, escondida,
Cheia de palavra ruidosa pompando a erudição
Pra colher verde, pra colher maduro
Pra se sentir
Estais preenchido? Tua alma, teu umbigo?
O mal duro agora quer se expandir
Como teu peito pretende se abrir pra raiz
Como tua transa ensaia duas na madrugada do virtual
Assim engulo teu gozo como engolindo teus sapos
Guardo teus sapatos como guardas teus segredos
Com vergonha que me descubram te guardando
E fica na falha tua vitória entendida e disponível
E meu drama sem pra quê nessa altura do torneio, da tourada
Beirando poema bélico e pensando na palestina
Das aberrações descritas, monstros de dígitos
A transa, a tara, a panela de pressão
Toda essa literatura interna, escondida,
Cheia de palavra ruidosa pompando a erudição
Pra colher verde, pra colher maduro
Pra se sentir
Estais preenchido? Tua alma, teu umbigo?
O mal duro agora quer se expandir
Como teu peito pretende se abrir pra raiz
Como tua transa ensaia duas na madrugada do virtual
Assim engulo teu gozo como engolindo teus sapos
Guardo teus sapatos como guardas teus segredos
Com vergonha que me descubram te guardando
E fica na falha tua vitória entendida e disponível
E meu drama sem pra quê nessa altura do torneio, da tourada
Beirando poema bélico e pensando na palestina
sexta-feira, 25 de julho de 2014
dicionário de mãe ebulindo
ovo ovo ovo
vale de ovos
vivos ovos
maturando dentro
uivos, calos
meus cavalos
segurá-los
mastigando fenos
leites leites leites
humanos azeites
penas e deleites
gomas e unguentos
gentes gentes gentes
buliçosas gentes
novas e crescentes
procurando centros
chuvas e serenos
pejos obscenos
porcos lameados
natureza bruta
bolsa rota enxuta
xotas esgarçadas
...
vale de ovos
vivos ovos
maturando dentro
uivos, calos
meus cavalos
segurá-los
mastigando fenos
leites leites leites
humanos azeites
penas e deleites
gomas e unguentos
gentes gentes gentes
buliçosas gentes
novas e crescentes
procurando centros
chuvas e serenos
pejos obscenos
porcos lameados
natureza bruta
bolsa rota enxuta
xotas esgarçadas
...
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