É estranho, mas acontece...
Na força das alegorias
Na fé do ressuscitado
Nas vozes ancestrais
Cinzas nas nuvens
Renascendo verdes solos
Cinza do cimento
Que a gente quebra
Colore
A cinza da brasa
Que assou o milho
Que esquentou o corpo
Mistério dos olhos cinzas
Cinzelando o tempo
Que por trás dos olhos
Mar cinzel de desmemórias
Cinza a ave, a mãe das aves
A harpia dos ares
Do tamanho da nuvem
Sombreando cinza
O sopro do bote
A coruja cinza
Amiga dos sinos
Numa tarde cinza
De Egito
Entre os palmaeirais
Sob um sarcófago
A cinzenta pele
Da múmia
Cinza, cinza, cinza
Como a brisa em breve
Ou vento de chuva
Cinza que lhe rege
Nenhum comentário:
Postar um comentário